É nosso costume considerar muitas vezes as grandes produções intelectuais como “absolutamente originais”, isto é, surgidas de um terreno dantes vazio, quase como por um passe de mágica; sendo o seu criador dotado de gênio, ele foi capaz de sacar essa produção do mundo imaginário, dando-lhe feições próprias, imprimindo-lhe o selo da sua personalidade, e reivindicando para si mesmo o exclusivo direito de posse; todos aqueles que se aproximam dessa mesma obra com demasiada insistência sobre o seu foco criador, apresentando afinidades muito próximas dele, seriam apenas “plagiários”, meros copiadores do gênio original que se abrigam à sua sombra, nem sempre, aliás, manifestando sua gratidão eis o que pensamos.

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